quarta-feira, 29 de outubro de 2008

!

As folhas mortas caem pra que as novas saiam pra respirar,
As formigas trabalham no verão pra no inverno descansar.
Eu não sei se escolho ser folha ou formiga,
Eu não sei se quero descansar ou renovar,
Mas eu sei, eu quero respirar.
To cansada do velho, não quero mais o antigo,
Me serviram muito, admito, mas o mundo não mora no meu umbigo.
Vou começar a olhar em minha volta, e uma hora ou outra o meu olhar me volta.
Volta e me mostra tudo que eu já perdi por causa da minha miopia adquirida,
Miopia que me impediu de ver o melhor da vida.
Sabe o que eu to precisando?
Roupa nova, chocolate amargo, banho de chuva, beijo demorado.
Quero poder dar estrelinha na areia mesmo sem saber,
Me jogar no mar, lançar um sorriso salgado no ar e no sol me perder.
Escrever cartas bobas que eu nunca vou enviar,
Guardar segredos sobre eu e você que eu nunca vou contar,
Ouvir músicas que me lembram você, mas que você nunca vai ouvir,
Lembrar das sensações que só você me faz sentir.
Não vou mais esperar o telefone tocar,
Eu vou te ligar, se não tiver nada pra falar tem problema não, eu te ouço respirar.

Não precisa mais coisa ou causa alguma pra me motivar, e sabe do que mais?

Chegou a hora de reinventar.

Respirou fundo? Ótimo, porque o meu mundo vai virar de cabeça pra baixo nesse segundo e quem quiser vir comigo se segura, porque eu não vou parar até que ele tenha terminado de girar!


terça-feira, 28 de outubro de 2008

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Quem vem sempre traz,
E quem traz sempre traz alguma coisa.
Quem jura sempre trai,
E quem trai sempre trai por alguma causa.
Quem se sente traído esquece aquilo que lhe trouxeram.
Quem quer sempre tenta,
E quem tenta sempre tenta por algum motivo.
Quem espera quase sempre cansa,
E quem cansa sempre cansa porque esqueceu esse motivo.
Quem quer muito tenta sempre e não se cansa, vive criando motivo.
Quem persiste nem sempre insiste, mas nunca desiste.

PS: Cadê a inspiração? Guardei, só não sei onde.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Café.

Cheguei, escolhi rapidamente uma mesa e sentei.
Logo chegou a garçonete perto de mim e perguntou o que eu desejava,
Pensei em muitos milhões em minha conta bancária,
Uma casa numa praia deserta,
Uma lareira e um homem maravilhoso se declarando pra mim enquanto eu admirava a lua,
Mas ao invés disso eu pedi apenas um café.
- Pequeno, médio ou grande? - Ela perguntou automaticamente.
- Grande, gigante, o maior que vocês tiverem na casa. - Afinal eu não pretendia sair dali tão cedo.
E não demorou muito ela me trouxe uma xícara enorme transbordando de café,
Eu peguei de suas mãos e agradeci com um sorriso quase simpático.
Nunca fui muito fã de café, na verdade nem sei porque entrei naquele lugar e estava tomando aquilo,
Mas eu não queria respostas, até queria, mas não pra essas perguntas.
Então fiquei ali, quietinha com meus pensamentos.
Enquanto o vapor do café aquecia meu rosto eu me divertia com as gotículas de suor que surgiam em minha testa, como se fora a primeira vez que fazia aquilo.
Apertei a xícara o mais forte que pude, até sentir meus dedos e mãos tão quentes quando o líquido, e depois soltei.
Ainda não entendia o motivo de estar ali, mas pra mim não fazia diferença, eu só queria estar.
Comecei a observar o comportamento das pessoas ao meu redor,
Algumas lendo jornais enquanto tomavam um café rápido no balcão,
Outras com alguns amigos nas mesas mais distantes, bebendo café, fumando e dando gargalhadas que ecoavam no ambiente.
O rosto quase que mecânico da garçonete,
Ela se aproximava com o semblante vazio,
Abria um sorriso pra ser simpática com os cliente,
E logo em seguida estava novamente séria como se organizasse em sua mente o que deveria fazer naquele momento.
E eu ali, perdida no meio de um café, mais vazia que o olhar dela.
Não lia jornal, nem conversava, muito menos gargalhava,
Apenas pensava na vida, isso quando eu conseguia me concentrar é claro.
Decidi organizar como em uma linha tudo de importante que eu havia feito no último ano,
As coisas boas que passei, os momentos ruins que me renderam um bom aprendizado,
Os amigos que fiz, os que perdi, os que se perderam de mim...
Os beijos roubados, os abraços apertados, os afagos recebidos, os carinhos trocados,
As topadas, quedas, deslizes, subidas e descidas, encontros e despedidas.
Tava tudo ali, eu só precisava organizar.
E comecei,
Escolhi tecer um cobertor a partir daqueles fios,um a um.
Tive medo que o trabalho ficasse inacabado, ou que pedaços não se completassem e o resultado não fosse bom.
Mas era incrível como tudo se encaixava tão bem!
Era como se houvessem sido feitos um para o outro.
E assim cada vez mais eu ia tecendo, enquanto os fios se entrelaçavam eu imaginava como ficaria o resultado final.
Quando enfim terminei lembrei de onde eu estava, olhei para os lados procurando o homem que lia o jornal,
Os amigos das risadas que ecoavam, a garçonete do sorriso programado,
Não vi ninguém, a não ser uma mulher que agora estava arrumando as mesas e me olhando como se perguntasse o que eu ainda fazia ali.
Toquei minha xícara e percebi que o meu café antes quase borbulhante agora estava frio,
Olhei pro relógio e me dei conta de como o tempo tinha passado e eu não percebi.
Deixei o dinheiro em cima da mesa e saí sem ser notada enquanto a mulher se virava pra pegar algo,
Saí daquela porta diferente de como entrei,
Olhei o céu e o sol já tinha ido embora dando lugar a uma lua esplendorosa,
Observei rapidamente as estrelas e dei um suspiro breve,
Um suspiro de alívio por ter terminado meu cobertor,
E de ansiedade em usá-lo, ele ficou lindo!
Com ele eu tinha certeza que jamais sentiria o frio dos dias vazios,
Ele é melhor do que qualquer café, pois não esfriará jamais, eu sou seu termômetro, e ele tem sempre a temperatura certa pra mim.
Feito por medida, a medida do meu sonho, do tamanho do meu desejo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

É impossível aceitar que alguém capaz de matar diga que fez isso por amor.
Amor pode ser tudo, menos isso...
Tirar a vida de qualquer pessoa significa que quem o faz não sabe o que é perder quem se ama, logo não sabe amar.
Esses dias acompanhamos pela tv, internet, rádio, enfim, por todos os meios de comunicação, a história de uma jovem que passou mais de 100h em poder de um homem que um dia disse que a amava, mas que agora não sente amor nem por si mesmo, quem dirá pelos demais...
Foram momentos de agonia, de impotência diante dos fatos. Olhar, se comover, e não ter o domínio da situação.
Infelizmente esse não foi um caso isolado, isso acontece todos os dias, em todos os lugares, e nós não podemos fechar os olhos pra isso.
Não é necessário que telejornais e sites gritem pra nós o que está acontecendo para que saibamos da realidade, basta olhar pro lado.
São muitos os que se julgam no direito de tirar a vida de alguém ou se tornar dono desse alguém por algum instante.
Isso é amor? Nunca foi, nem nunca será.
Amor é querer bem, é dar o melhor de si ao próximo sem esperar nada em troca, é ser feliz com um sorriso e fazer feliz com um simples gesto, -‘o verdadeiro amor lança fora todo o medo’-, não agride, nem fere, afaga.
Todos temos uma missão, e a dessa menina, que até semana passada era uma desconhecida, certamente era semear esse amor verdadeiro e foi isso que ela fez, conquistou amigos leais, leais ao ponto de se arriscar por ela, mas infelizmente esse sacrifício foi em vão.
As pessoas que acompanharam o caso sentiram uma sensação estranha ao saber do seu final, uma inquietação ao ver que ela morreu de forma tão trágica, e o sentimento agora é o de desejo pela justiça, e ela será feita.
Eloá agora está ao lado Daquele que um dia morreu por amor, se entregou pra que nós pudéssemos viver, e ainda assim muitos escolhem de forma errada como vão conduzir suas vidas, o que é muito triste.
Mas agora enfim ela conhecerá o amor, o verdadeiro amor, pois está com Ele.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Eu gosto.

Gosto de cabelos curtos, longos, certinhos e despenteados,
Mas prefiro os teus quando roçam o meu pescoço.

Gosto de peles claras, escuras, frias e quentes,
Mas prefiro a tua sob a minha.

Gosto de beijos calmos, avassaladores, delicados e atrevidos,
Mas prefiro os teus na minha boca.

Gosto de sorrisos tímidos, radiantes, sinceros e contagiantes,
Mas prefiro o teu quando me vê.

Gosto de ouvir música, poema, histórias e piadas,
Mas prefiro a tua voz no meu ouvido.

Eu gosto de gelado, de quente, de toque, abraço e beijo,
Chocolate, sorvete, pipoca, bombom, festa,
Gosto de desejo.

De cantar, de ser feliz, de dançar, gritar, correr,
Gosto de viver.

Gosto de mar, vento no cabelo, pôr-do-sol, areia nos dedos,
Gosto de gostar!

Mas ainda prefiro você.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ela e Ele.

Ela fez de tudo pra chamar a atenção dele,
Pintou os cabelos,
Encurtou as roupas,
Abriu decotes,
Provocou todos, mas ele não viu.

Ela coloriu os lábios,
Bebeu muito,
Fumou tudo,
Saiu com vários,
Amou muitos,
Foi de alguns,
Mas nunca dele.

Ela foi triste,
Foi louca,
As vezes alegre,
Em alguns momentos livre,
Mas nunca foi inteira,
Porque parte dela estava com ele.

Ela se entregou,
Amou,
Sentiu,
Sonhou com tudo que podia viver com ele,
Mas nunca acordou.

Ela foi dele o tempo todo, mas ele nunca soube,
Ela se transformou na melhor mulher do mundo pros outros,
Mas nunca foi vista por ele desta forma.
Ela queria que ele fosse seu homem pra sempre,
E ele só queria nunca ter perdido a sua menina.

domingo, 12 de outubro de 2008

Cá...

Vem pro lado de cá, vem logo, mas vem sem pressa de voltar.
Quero que sintas o vento suave que varre tuas lágrimas,
Esse mesmo vento que te traz sorriso vivo.
Vou te apresentar aos pássaros que cantam para que eu acorde de meus sonhos,
Não porque não queiram que eu sonhe, mas querem que eu os torne reais.
Vem ser louco sem censura, vem viver feliz comigo.

Quando anoitecer vamos juntos desenhar estrelas no nosso céu,
Dar nomes as nossas constelações.
Enquanto não anoitece vamos cuidar dos jardins,
Vamos plantar árvores que servirão de sombra para os meus filhos enquanto brincam com os teus.
Vem comigo subir nas nuvens e ver se o que imaginamos é real ou pura fantasia,
Quando voltarmos podemos nos banhar naquela cachoeira de sonhos que já visitamos outrora.
Aah, tempos de legítima alegria.
Viver! É isso que desejo fazer ao teu lado.

Vem se esconder cá quando lá tiver sombrio, sem alento.
Cá é um lugar mágico, sublime, cultivo alegrias pra curar tristezas,
Cá é teu abrigo no meio do tormento.
Cá tu podes ver que a vida é bela, e ela ta te chamando pra viver,
É cá o teu cantinho.
Essa vida que tem cá é minha, mas eu divido ela contigo sem pensar nos demais,
Quando quiser me sentir perto fala o meu nome baixinho,
Eu vou correndo lá te buscar, te trago pra cá e não voltas jamais.
Porque minha casa é o teu lar, deixamos de ser um, somos um par.

sábado, 11 de outubro de 2008

Um sábado e nada mais. (?)

Nada melhor que um sábado em casa pra pensar na vida, ou no vazio, só não vale fazer da primeira opção a segunda.
Organizar tudo, ou bagunçar um pouco mais.
Refletir, ser seu próprio espelho.
Ouvir músicas que embalaram momentos incríveis e dar gargalhadas, pensando como se tornaram bobos,
E essas músicas que te descreviam hoje já não te dizem nada.
Ler coisas que antes tinha um significado enorme pra você, e hoje não passam de palavras soltas.
Lembrar de pessoas que um dia foram a razão da tua vida, e hoje nem parte dela fazem mais,
Antes protagonistas, agora meros figurantes na fila de espera.
Achar cadernos antigos, folhear e encontrar nas páginas amareladas idéias que um dia foram cheias de cor.
Pensar em todos os teus melhores amigos,
Recordar teus eternos amores que não duraram pouco mais de um mês.
Recordar o passado,
Contemplar o presente,
Desejar o futuro,
E se dar conta que um dia tudo que você está vivendo nesse exato momento também ficará pra trás.
Que essas palavras que hoje fazem sentido irão perder a razão,
Mas que quando isso acontecer ainda conseguirão arrancar de você um sorriso sincero,
Ou fazer com que você derrame uma lágrima doce,
Doce igual aos tempos que você viveu aquilo,
Que esses momentos foram importantes pra você,
Que você aprendeu a viver plenamente e fazer tudo valer a pena.
E aí sim você não vai se sentir vazio ao ler isto, ou ao ouvir aquilo,
Vai se sentir livre,
Livre das lembranças do passado,
Com a mala transbordando de saudades de momentos bem vividos,
Mas com um espacinho reservado na tua bagagem pra momentos que ainda estão por vir.
Então vai se dar conta que está na hora de comprar outra mala e começar tudo de novo.
É, um sábado em casa pode ser uma tragédia ou uma dádiva,
Depende do que você decide fazer com ele.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nós e NÓS.

A vida é uma corda infinita,
E a cada ponto um nó.
Alguns fáceis de serem removidos,
Outros nem tanto,
Mas sempre me dei muito bem com eles.
Sempre foram meu passatempo preferido.
Havia uns que era só puxar um pouco e pronto,
Soltavam!
De tempos em tempos surgiam alguns que prefiro nem lembrar,
Era praticamente impossível os desfazer,
Pelos menos usando os métodos que eu usava era sim.
E foi diante deles que eu fui mudando o meu modo de desatar,
Afinal de contas eu não me importava em mudar,
Me importava apenas em conseguir desata-los, e desata-los sem ajuda,claro.
Imagina se eu, logo eu, iria parar diante de um nó, jamais!
Eu me sentia muito capaz pra isso...
Fui pega pela palavra,
De repente me vi diante de um nó gigante,
Literalmente um nó cego, devia ter uns 20 graus de miopia,
Mais cega que ele fiquei eu quando o vi.
Não enxerguei logo a minha frente um moço que me oferecia ajuda,
Ele tava logo ali,
Mas o meu orgulho não me deixava ver.
E fui com tudo enfrentar aquele nó,
Até o momento o mais difícil que já havia aparecido,
Mas fui destemida,
Fui com todas as forças, e nada!
Tentei de todas as formas, e nada!
Bateu o desespero, eu não sabia mais o que fazer, eu não tinha a quem recorrer,
Eu não queria, não podia perder!!
E aquela voz que insistia em falar comigo mesmo sem a minha atenção me dizia:
‘Eu posso te ajudar, eu sei como desatar, você quer?’
C0ntinuei ignorando aquilo, eu era boa demais pra aceitar ajuda,
Auto-suficiente, sabe como é?
Pois bem, eu sabia...
E fracassei.
Acabaram as forças,
Os jeitos,
Recursos,
Trejeitos,
Joguei a toalha,
Entreguei os pontos,
Passei o chapéu,
Desabei.
A voz foi se aproximando, ficando cada vez mais perto, mais perto, perto, perto.
Calou-se.
Levantei pra ver onde tinha ido parar aquele que me estendeu a mão e eu não peguei,
E ele tava ali, do meu lado, me olhando,
Provavelmente observando minha cara de boba diante do nó desatado.
Sim, ele desatou o nó!
E não me pediu nada em troca,
Só me disse que seguisse,
E afirmou que jamais nenhum nó me deteria por muito tempo,
Se eu usasse o método certo é claro,
Humildade.
Pra errar e admitir o erro,
Perder e reconquistar,
Ferir e curar,
Ser ferido e perdoar,
Seduzir e se entregar,
Temer, mas não parar.
Pedi pra ele vir comigo, eu poderia precisar,
E ele sorriu e disse que não havia mais eu, ou ele, apenas NÓS.
Nós quando desatados por NÓS são mais simples do que quando eram desatados por mim.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A moça da casa.

Todos os dias faço o mesmo caminho e sempre fico adimirando uma casinha muito pequenina que tem um brilho diferente, geralmente vejo no terraço uma moça lendo alguns livros ou simplesmente observando o sol, sempre tive vontade de saber como era dentro, mas eu não sabia nem quem era aquela moça.
Um certo dia passei e não a vi, quando procurei mais um pouco vi que a porta estava aberta e não havia ninguém ali, então me aproximei, ouvi sons estranhos e decidi entrar, talvez ela precisasse de ajuda, então eu fui...
Na sala me deparei com uma bagunça sem tamanho, eram sentimentos espalhados por todos os lados,
Mágoas jogadas no sofá,
Tristezas pregadas na parede,
Felicidades pisadas no chão.
Fiquei muito assustada, mas continuei...
Cheguei na cozinha e vi sob o fogão uma panela com sobras de carinho,
Provavelmente estava sendo preparado pela moça e seu moço, ou talvez só pela moça que sentia falta desse alimento.
Vi uma porta entreaberta, fiquei receosa, mas a curiosidade falou mais alto e eu fui...
Chamei por ela ou por alguém que pudesse estar lá dentro, mas não ouvi nenhuma resposta e entrei,
Encontrei muita paixão sob a cama que ainda estava quente,
Alguns beijos perdidos, soltos no ar.
Finalmente consegui identificar de onde vinha o som que eu havia ouvido,
Vinha do banheiro, era um choro de desespero,
E sem pensar duas vezes corri ao encontro de quem chorava com tanta dor,
Lá eu vi a moça do terraço,
Ela chorava praticamente deitada sob a pia, eu não sabia o que lhe dizer,
Apenas lhe abracei, tentei acalmá-la.
Ela me olhou nos olhos com o olhar mais emocionado que já vi,
E entre prantos ela me disse: 'O meu amor se foi, e o restinho dele eu acabei de jogar pelo ralo.'
Fiquei sem ter o que dizer diante daquilo,
Mas antes que eu pudesse dizer algo ela respirou fundo e continuou...
'Preciso de um novo amor, mas dessa vez um ainda maior, vou construir um novo castelo pra guardá-lo.'
E eu fui embora, fui pensando no meu pequeno amor que agora não caberia mais nos meus simples versos,
Vou ter que fazer um castelo de palavras pra não perdê-lo jamais.