quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Sendo babaca.

BABACA: Bobo, tolo, mané, otário, estúpido, infantil, sem graça.

Sempre achei essa palavra engraçada, mas olha... se sentir babaca não tem graça nenhuma.
Hoje eu posso fazer uma lista de motivos que fazem com que eu me sinta uma BIG BABACA, e isso não me ajuda em nada.
Me sinto babaca por depositar tanta coisa boa em quem eu nem conheço;
Me sinto babaca por mesmo tendo quebrado a cara tantas vezes continuar fazendo isso;
Me sinto babaca por ainda me surpreender com as atitudes alheias;
Me sinto babaca por me sentir mal nessas situações;
Me sinto babaca por não mandar tudo pro inferno e fingir que não é comigo;
Me sinto babaca por ter vontade de chorar quando eu não devia nem me importar;
Me sinto babaca por ponderar as palavras por medo de machucar, mesmo sendo machucada desmedidamente;
Me sinto babaca por me preocupar em como a pessoa se sente, mesmo que eu esteja me sentindo uma poeira na estante;
Me sinto babaca por permitir que esse sentimento me tome enquanto já devia ter sumido de mim;
Me sinto babaca por não ir até a porta da saída, "que é logo ali, ó";
Me sinto babaca por procurar meus óculos e ligar o notebook só pra escrever isso;
Me sinto babaca por saber que ainda vou me sentir assim tantas outras vezes...
Me sinto babaca, principalmente, por achar que tem que ser assim mesmo, e por saber que daqui a pouco vai passar, eu vou esquecer e fazer tudo de novo.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Título pra que?

Liberdade é uma coisa que quase todo mundo quer, sim, quase todo mundo, porque ainda existem pessoas que não sabem viver sem amarras, sem rédeas.
E essa tal de liberdade é uma coisa muito ampla, pode significar sair por aí sem rumo; pode ser andar sem roupa; pode ser comer sem culpa; pode ser viver sem medo; pode ser tudo junto. Ou pode não ser nada disso.
Mas ao mesmo tempo em que é desejada, a danada também é mal compreendida. Ô se é!
Me considero uma pessoa livre, na medida do possível.
Não posso sair por aí sem roupa e sem rumo, mas me permito usar palavras assim... sem roupa, com rumo.
E desse direito eu não abro mão. Sou dona de mim o suficiente pra isso.
Não acho que devo ter medo de falar por causa das interpretações que podem surgir, penso coisas demais pra deixar tudo preso aqui, ouço absurdos demais pra achar que os meus são maiores ou piores, nem sempre são tão absurdos, inclusive.
É claro que existe um risco muito alto quando se adota uma postura assim, a gente nunca sabe em quem as palavras vão esbarrar, o que vão causar, o que trarão de volta (geralmente críticas), se trarão.. e quando se é mulher, triplica aí esse risco!
Porque mulher não pode falar isso nem aquilo, também não pode agir assim, e são tantas restrições.. chega a ser desafiador.
Detesto essa história de seguir roteiro, de fazer como se espera que seja feito, de copiar modelos e acabar se anulando.
Não existe sensação melhor do que pensar "era bem isso mesmo que eu queria ter dito/feito".
Ficar pensando em como teria sido deve ser uma barra, deve ser sem graça pra caramba!
Claro que muitas das minhas vontades não passam disso, apesar de querer liberdade, eu também quero respeito e cuidado, e pra isso eu preciso oferecê-los.
A vida exige responsabilidade sim, mas ela é tão gostosa e breve que vale a leveza de se permitir.
Sim, embora sem muito prumo, essas palavras também tem rumo certo.