sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

19.02.2010

Uma hora chega a hora de se dar conta que é tarde demais.

Tarde pra perceber que demais é tudo que a gente não consegue dar conta.

Tudo é tão vago.

Vago as vezes é tudo aquilo que eu sinto,

As vezes o que eu sinto é nada perto do quanto eu tenho pra falar.

Falar nunca basta porque as palavras não transmitem em exato o sentimento,

Pra transmitir, sentir é exatamente suficiente.

As coisas andam tão loucas por aqui,

Eu ando querendo numa loucura dessas fugir pra aí.

Mas pra que? Desse lado parece sempre estar mais confuso que do lado de cá.

Confusão é a gente quem faz, tentando a todo instante mudar o que foi colocado no lugar.

Você é daí, eu sou de lá.

Lá eu sou você, aqui?

Não sei bem quem sou.

Você? É sempre você.

Sua hora, seu momento, sentimentos, loucura, instante, lugar.

Será que são seus mesmo?

Olha só que ideia, tudo tão organizado e eu decidi bagunçar...

Tudo bem, já estou de saída.

Calma, eu sei que não posso sair da sua vida,

É preciso que alguém te diga sempre: ” Fica tranqüilo, é tudo teu, tá sob controle e você vai sim conseguir abraçar o mundo.”

Mesmo sabendo que não é bem assim.

Não, não estou mentindo. Apenas te dando o que você precisa pra acreditar que pode ir,

Confiar que apesar de tudo, pode sorrir.