quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cheio de você

Eu sempre ouvi todo mundo discutindo a questão do copo meio cheio ou meio vazio,
Normalmente escolhem o meio cheio, até ontem foi a minha escolha também,
Mas hoje eu quero o meio vazio.
É, quero sim, não estou ficando louca, vou explicar meus motivos...
Nunca gostei de nada imposto a mim, e aprendi que desperdício é pecado,
Se me derem um copo meio cheio de alguma coisa eu tenho que encher pra ele ser completo,
Mas nesse caso misturar não daria muito certo, tem que ter pureza ali,
Não podendo misturar eu vou ter que completá-lo com algo que já tenha nele,
E se o que tiver dentro não me agradar? Não quero pecar...
Então me vê aí um copo meio vazio por favor!
Quero terminar de esvaziar e encher do que for de meu agrado,
O que tiver nele eu jogo fora e aí ele tá pronto pra ser cheio outra vez.
Mas por que não jogar fora o que tem no meio cheio?
Porque é melhor jogar fora quase nada do que quase tudo.
Agora meu copo de quase passou a ser totalmente vazio,
Prontinho pra ser cheio, e já sei do que quero enchê-lo,
De você,
Quero que transborde de você, quero beber até que mate por completo minha sede,
Se isso não acontecer já sabe né?
Vou encher mais uma vez.
Porque eu preciso do teu sabor seja ele qual for.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meio vazio, meio cheio...
Não gosto do termo 'meio'. Meio é muito pouco; muito nada, quase nada.
Ou é tudo, ou não é.

Gostei do teu ponto de vista.

Rafael Bandeira disse...

Depois de ter você (Cantada)
Composição: Adriana Calcanhoto

Depois de ter você
Pra que querer saber
Que horas são?

Se é noite ou faz calor
Se estamos no verão
Se o sol virá ou não
Ou pra que é que serve
Uma canção como esta?

Depois de ter você
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas
Pra que amendoeiras pelas ruas?
Pra que servem as ruas?
Depois de ter você...