Acho incrivelmente absurdo uma sociedade que mal lê rótulo de shampoo, se apegar a rótulos que são dados às pessoas.
Francamente... mais coerência, por favor!
Uma menina pode gostar de usar roupas de meninos e continuar curtindo caras, enquanto outra pode amar vestidos e saias e gostar mais ainda de outras meninas;
Aquela moça pode ser livre o suficiente, pra não achar que deve se prender a uma boca porque dividiu um beijo, mas ela pode sonhar com um casamento de vestido branco, véu e grinalda;
Aquele cara que parece ser desinteressado -e desinteressante- , pode perfeitamente escrever coisas lindas, nas noites que se imagina que ele esteja badalando por aí;
O que eu escrevo pode muitas vezes parecer ser o reflexo do que eu vivo, mas pode ser só o espelho daquilo que eu vejo, ouço... e sim, do que eu sinto.
Não dá pra saber, nunca dá.
Mas já que a sociedade gosta tanto de rotular, deviam começar a colocar umas plaquinhas do tipo: "Não cai nessa, é roubada" ou "Acredita nesse papo não, ele diz isso pra todas" e ainda "Ela não é pra casar, ela é pra amar!"
Mas não tem, nunca vai ter.
Então para de querer ler onde não tem nada escrito, se permite sentir, porque é esse o sentido de existir.
Ser pego de surpresa, sentir aquele friozinho na barriga, ou aquele arrepio que percorre o caminho -interminável- do dedinho do pé até a nuca...
Se não tem graça saber o final de um filme ou de um livro, imagina saber o que me espera depois do próximo beijo ou sorriso.
Nem rótulo, roteiro ou entrelinhas.
Eu gosto mesmo é da clareza das atitudes. Dos impulsos que me tomam, dos instantes que me roubam o fôlego e as palavras.
Um comentário:
Parabéns Linda!! Perfeito seu texto eu penso exatamente assim!
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