domingo, 26 de abril de 2015

Com gelo, por favor!

Assim como uma bebida colorida num copo bonitinho, você atraiu minha atenção.
Me alertaram sobre os efeitos que a ~bebida~ podia causar, mas, como eu sempre tive uma certa "imunidade",
achei que valia o risco.
Provei. O gosto correspondeu ao que meu imaginário produziu diante daquilo que eu via.
Era um gosto forte, intenso, diferente de tudo o que eu já havia provado. Mas era bom.
Dei outro gole  -"Só mais esse"- pensei inocentemente. 
Não com a inocência de quem não sabe o que está fazendo, mas com a inocência de quem acha que conhece e domina todos os seus limites.
Quando me dei conta, já havia tomado metade da garrafa, e cada vez queria mais... só um gole vez ou outra já não satisfazia.
Me peguei pensando: "Vou esconder a garrafa, longe dos meus olhos não desperta minha vontade."
Se você já pensou assim alguma vez, me desculpe, mas não existe recibo maior de descontrole do que esse.
Só então eu percebi que já era tarde, eu estava viciada, e como todo viciado, eu queria uma dose cada vez maior.
Por isso eu tô aqui, admitindo que preciso de ajuda, porque eu sei que não posso me entregar ao vício ignorando os riscos, há muito em jogo pra se perder por uma ~garrafa atoa de uma bebida colorida qualquer~.
Mesmo que isso seja tudo o que eu quero no momento: me embriagar completamente, tomar um porre de você.
Mas é que depois do porre vem a ressaca... pra ela eu ainda não tô preparada.
Ainda não inventaram engov pro coração, e por mais que eu vomite no dia seguinte, você não vai sair totalmente de mim tão fácil assim.
Então agora eu sigo desse jeito, como um AA, dia após dia, vencendo a vontade do próximo gole.
Tô limpa, por hoje.

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