sábado, 18 de abril de 2009

Pobre coração

Ei, calma!
Não exija tanto assim de um pobre coração...
Pobre coração, o inverso jamais!!
Não peça pra ele aquilo que você não poderá retribuir,
Você tem se perdido ao longo do tempo, tem deixado tuas moedas de bem-querer caírem pelo teu caminho,
Mas ele não meu rapaz!
Ele possui riquezas que você nem imagina.
São tantas lembranças, tantos amores, algumas mágoas, marcas...
Marcas, muitas!
Marcas de machucado, outras de cuidados que ele recebeu,
Fora entregue a alguns que não souberam como cuidar de tal raridade,
Raro por se entregar tantas vezes, por ser ferido e voltar a pulsar.
E ta tudo aqui, muito bem guardado.
E você? O que fez?
Diante do menor obstáculo que te apareceu pensou em desistir,
Gritou aos 4 cantos que não tinha forças pra continuar,
-‘Cheguei no meu limite!’ Foi isso que você falou,
Jogou tudo pro alto, corram todos e protejam suas cabeças,
Porque tristezas alheias irão lhes atingir.
Egoísta! Isso que você é, pensa em você, só em você.
E esse coração aqui? Ahh embora lutado bastante, sabe que ainda há muito que vencer.
Às vezes ele bateu fraquinho, cansado, quase parando...
Porém uma de suas virtudes é a generosidade, ele pulsa por quem ama,
Não só por si, por isso continuou, e continua...
Então vai, não pede muito a ele não, deixa-o respirar, livremente.
Sem cobranças, sem apelos, sem regras, sem limites,
Deixa que seja assim, pulsando...
Não exige tanto de um coração que só quer amar,
No mais puro sentido da palavra, ele quer AMAR!

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