Mas com medo que meus gritos machuquem os ouvidos de quem eu tanto amo.
Venho me sentindo acorrentada, mesmo sem nenhum fio me prendendo.
Minha liberdade em falar o que eu quero, e o que eu sinto a qualquer hora,
Vem sendo anulada pelo meu cuidado em não ferir quem cuida de mim.
Mas eu não to feliz, e a única pessoa com quem eu queria falar sobre isso,
Eu sei que não vai me entender, vai distorcer tudo e me fazer sentir pior ainda.
Uma ingrata, egoísta, insensível.
O que ninguém nota é que eu venho esquecendo de mim.
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que eu to perdida, sem saber nem pra onde olhar,
Muito menos pra onde seguir. To parada. Nem das pancadas eu to me esquivando.
E por isso dói tanto.
Por esses dias uma vontade inusitada quase toma conta de mim, a de jogar tudo pro alto.
E aí eu decido pesar as coisas, mas eu não sei de que lado da balança eu fico.
De tanto me entregar eu acabei me misturando, e me perdi no meio de tudo.
Não tá mais definido o que é meu, o que sou eu, ou o que eu fiz de mim.
Depositei tanta esperança em mudanças que não vieram, que isso tem me feito sofrer demais,
Me enganei achando que podia fazer com que tudo fosse diferente, ou provocar essa vontade de mudança, mas não foi e não é bem assim.
Tenho me sentido anulada, em tudo que eu falo, que eu faço.
As vezes eu acho que to no lugar errado, não sei.
Quero que isso tudo acabe, que essa angústia pare de me corroer, e for necessário o fim...
Que seja.
Preciso continuar inteira pra tudo que há de vir.
4 comentários:
Pare,
Olhe,
e siga.
O tempo que arranca os nossos pedaços é o mesmo que nos torna irreconhecíveis a nós mesmos, querida.
Amo teu brilho, sempre.
Beijos!...
te dei um selo! :D
muito bom, muito bom mesmo!
coisas que se parecem tanto comigo, rs. Coisas que me identifico,
beijos enormes, da maior admiradora. Te amo!
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