sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E lá se vai 2010...

Ufa, até que enfim!
Sinto que o ano voou, e ao mesmo tempo acho que alguns dias se arrastaram, quase não passaram.
E talvez tenha sido assim mesmo, os que precisavam ser marcados foram passando lentamente,
Deixando momentos gravados, que nada vai ser capaz de apagar.
Esse foi O ANO.
O divisor de águas, aquele que fez história.
2010 trazendo expectativas, meu último ano na faculdade, ansiedade correndo nas minhas veias,
Vontade de aproveitar cada minuto, de curtir meus amigos, meus professores, e foi assim até maio.
Depois o barco virou, aliás... Tentou virar, mas a gente não deixou não!
Tudo foi muito intenso. Em maio a notícia que abalou toda nossa família, Clarinha com problemas sérios de saúde.
Foi tempo de desespero, de querer ter o controle de tudo nas mãos e fazer aquilo tudo não passar de um pesadelo,
Querer livrar um ser tão pequeno e puro, das tormentas que viriam.
Com o passar do tempo nós fomos entendendo que ela tava ali pra segurar nossas mãos e dizer que tava tudo bem, que tudo ia acabar bem.
De tudo nós aprendemos algo, e desses momentos tão difíceis tiramos a lição de que Deus nunca falha, e união é TUDO.
As coisas foram acontecendo de uma forma tão mágica, tomando rumos que nós não esperávamos,
Era certo, estávamos sendo guiados, cuidados, mantidos ali, firmes pela misericórdia do nosso Deus.
Nesse mesmo ano de provações e privações, vivemos milagres, transformações, fomos tocados de uma maneira sem igual.
É difícil explicar, mas o que foi sentido tá guardado, e não vai ser perdido de jeito nenhum.

Nesses últimos meses os pesos foram aliviados de nossos ombros, e só então eu me dei conta que o ano que eu tanto esperei, tava se despedindo..
Tivemos a notícia de que Clarinha reagiu muito bem ao tratamento, e que no momento ela não tem câncer. Corre o risco de voltar? Sim. Mas hoje isso não assusta mais, porque sabemos do que somos capazes. E temos consciência de quem está a nossa frente, e é aquele Deus que nunca perdeu uma batalha sequer.

A faculdade terminou, graças ao apoio de pessoas tão importantes, que foram colocadas no meu caminho no tempo certo, acredito que elas não tenham noção disso, mas em alguns momentos elas foram o motivo pra que eu não desistisse, porque foi essa minha vontade muitas vezes.
Elas me fizeram acreditar que seria possível.
Meus sinceros agradecimentos a Isabelle, Vanessa, Gabriela, Moisés e Alexandre, foram meus anjos naquele lugar.
Voltando a minha despedida... Quando eu vi que o ano tava terminando me deu uma sensação de vazio, quase nada do que eu planejei foi concretizado... Só depois eu entendi o quanto eu aprendi nesse 2010, o quanto eu cresci! Hoje eu sou mais forte, preparada para as batalhas que ainda estão por vir, e cada dia mais confiante nAquele que me mantém viva!

Minha mãe costuma dizer que o ano não termina, só o calendário é trocado.
Eu nunca contestei, mas esse ano ela que me desculpe, porque se o ano não acaba, eu vou acabar com ele.

Pois é 2011, venha com tudo, porque eu to pronta pra você e tudo que virá te acompanhando.
Que Deus permaneça comigo e com todos os meus, por todos os dias de nossas vidas, amém!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então, é natal...

Natal é nascimento, e todos os anos celebramos juntos o nascimento de Cristo,
Este ano iremos comemorar um renascimento, o maior presente que esse Cristo poderia ter nos dado.
Ana Clara.
O Senhor tem usado de todas as formas pra nos mostrar que somos especiais, escolhidos,
Temos em nosso meio um anjo que traz lições pra nossas vidas cada vez que abre a boca,
Que nos toca, que supera as barreiras, que não se abate, e que no auge da sua sabedoria,
Adquirida ao longo de seus 8 anos de vida nos diz: Deus tá comigo.
Apesar de não serem necessárias palavras para crer nisso.
Neste natal eu quero agradecer ao nosso Papai do céu, que jamais falhou conosco,
Apesar das nossas falhas diárias,
Por todas as manhãs que por um momento a fraqueza se instalou,
Mas foi substituída pela força inabalável que só o Senhor pode nos dar.
Pela fé renovada, pelos milagres vividos, pelo amor restaurado.
Agradecer pelas pessoas maravilhosas que Ele colocou no nosso caminho,
E pelas tantas outras que nos foram reveladas.
Quero agradecer a essas pessoas também, por todas as palavras de força,
De fé e de amor que ouvimos,
Por todos os carinhos, pelos pedidos de oração nas igrejas, e pelas preces silenciosas.
Obrigada!
Desejo que Deus possa abençoar a cada um de vocês, que o Seu amor possa ser sentido,
E que a fé naquele que veio ao mundo pra nos salvar jamais se esvaia de seus corações.
Mas que esses pedidos não sejam feitos só nessa época, é preciso que vá mais além,
Tem que ser uma conduta de vida, tem que ser verdade, essência e não só palavras.
Feliz natal pra todos, que a paz do Espírito Santo habite em nossas vidas, hoje e sempre.
Amém!



"Ele não mudou, Ele é o mesmo Deus, que cura..."

domingo, 3 de outubro de 2010

Raio X no dia 03/10/2010

To me sentindo sufocada, com vontade de gritar,
Mas com medo que meus gritos machuquem os ouvidos de quem eu tanto amo.
Venho me sentindo acorrentada, mesmo sem nenhum fio me prendendo.
Minha liberdade em falar o que eu quero, e o que eu sinto a qualquer hora,
Vem sendo anulada pelo meu cuidado em não ferir quem cuida de mim.
Mas eu não to feliz, e a única pessoa com quem eu queria falar sobre isso,
Eu sei que não vai me entender, vai distorcer tudo e me fazer sentir pior ainda.
Uma ingrata, egoísta, insensível.
O que ninguém nota é que eu venho esquecendo de mim.
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que eu to perdida, sem saber nem pra onde olhar,
Muito menos pra onde seguir. To parada. Nem das pancadas eu to me esquivando.
E por isso dói tanto.
Por esses dias uma vontade inusitada quase toma conta de mim, a de jogar tudo pro alto.
E aí eu decido pesar as coisas, mas eu não sei de que lado da balança eu fico.
De tanto me entregar eu acabei me misturando, e me perdi no meio de tudo.
Não tá mais definido o que é meu, o que sou eu, ou o que eu fiz de mim.
Depositei tanta esperança em mudanças que não vieram, que isso tem me feito sofrer demais,
Me enganei achando que podia fazer com que tudo fosse diferente, ou provocar essa vontade de mudança, mas não foi e não é bem assim.
Tenho me sentido anulada, em tudo que eu falo, que eu faço.
As vezes eu acho que to no lugar errado, não sei.
Quero que isso tudo acabe, que essa angústia pare de me corroer, e for necessário o fim...
Que seja.
Preciso continuar inteira pra tudo que há de vir.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pra ele.

Ele, que sorri comigo o mesmo sorriso,

Se alegra com as minhas alegrias,

Enxuga minhas lágrimas antes mesmo que elas possam cair.

Ele, que ao encontrar meus lábios não me beija apenas a boca,

Que ao tocar meu corpo o faz em brasa, quando assim o quer,

Mas que ao abraçar-me aquieta minha alma, ao me fazer senti-lo pleno,

Em mim, pra mim.

Ele, que me transformou no que sou hoje sem o menor esforço,

Que me diz as coisas mais belas sem pronunciar uma só palavra,

Entende o que eu quero simplesmente por sentir meu coração bater,

No mesmo ritmo que o seu.

E o que eu quero é ele.

São seus beijos, gestos, olhares, suspiros, sussurros,

Eu quero o que é dele e o que ele me faz ter.

Quero pra sempre um carnaval por dia quando o vejo,

Pois é, os meus blocos vão a rua em cada chegada sua.

Ele é meu, do jeito que eu quero, da forma que preciso,

Assim, se tornou só meu.

Seus são meus desejos e delírios, meus segredos, minhas preces,

Meus pesadelos, meus sonhos e meus medos.

Eu sou dele, porque assim ele me tornou, só dele.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ah, o amor...

Ela decidiu vê-lo pela última vez,
Foi em sua casa, a porta estava aberta, quase como um convite,
Ela aceitou.
Rapidamente olhou a casa totalmente revirada,
Sem muito esforço percebeu que pouco havia mudado desde que ela se foi.
Chamou por ele, mas não veio resposta,
Ouviu apenas uma música que vinha do quarto, e a seguiu.

Lá estava ele, sentado em sua mesa, atenção presa em papeis espalhados,
A música que tocava era a deles, a que juntos escolheram,
Escolheram para que cantassem o seu amor,
Agora parecia se despedir...
Parada na porta ela lembrou dos momentos vividos ali,
Enquanto a música se arrastava, rolaram lágrimas em seu rosto.

Embriagado de lembranças, tão afogado em saudades ele não a viu ali,
Continuava olhando os papéis.
Então ela desistiu de falar com ele e decidiu ir embora,
Enquanto amassava em suas mãos a carta que fez pra ele, pensou:
“Continua o mesmo, não me notou aqui.”
E saiu.

Seu pensamento parecia ter gritado aos ouvidos dele,
Levantou a cabeça e dirigiu os olhos a porta, viu apenas um vulto,
Correu pra ver quem era, mas sentiu apenas o cheiro dela no ar,
Aquele que era inesquecível e ainda estava em seus lençóis,
Mas não a viu.
Pensou que não passara de mais um de seus delírios,
Não poderia ser real.

Ela já ganhara as ruas, e na volta pra casa soluçava sem parar,
As lágrimas desciam como um rio,
Sua cabeça abrigava um turbilhão de emoções,
Todas queriam sair de uma só vez, mas ele não estava lá pra ouvir.

Os papéis que ocupavam a mesa eram cartas enviadas por ela,
Que agora se tornaram um refúgio pra ele,
Ele as lia e desejava com toda força que aqueles momentos voltassem,
Deixassem de ser lembrança, que a história continuasse, ele queria,
Mas nunca disse isso pra ela.
As palavras queriam sair, mas foram engolidas junto com as lágrimas,
Marcas de uma saudade.

Memórias que foram guardadas, tão bem guardadas que muitas acabaram perdidas.
Sentimentos que ficaram soltos no ar, e voaram sem rumo, pra longe dali.

Ele tomou coragem e a escreveu um email lhe falando o que sentia,
Contando como eram vazios seus dias desde que ela se foi da sua vida,
Terminou de escrever e enviou, mesmo sem esperar resposta.
Assim que chegou em casa ela rasgou a carta, agora amassada,
E jogou fora, junto com a esperança de que algo mudaria pra eles.

Tomou um banho e antes de dormir verificou seu email, como sempre fazia.
Lá encontrou aquelas palavras que há tanto esperava,
Elas foram capazes de sem qualquer contato, despedaçar seu coração,
Como ele podia ter calado isso por tanto tempo?
Era tudo que ela precisava pra viver, e agora parecia matá-la aos poucos.
Respirou fundo, juntou os caquinhos e respondeu assim:

“Com nossa história aprendi que o amor é raro, e ele não espera que a gente abra a porta pra ele entrar, ele escolhe um lugar e invade.
Muda tudo e o transforma em seu lar.
Mas se esse lar fica vazio, ele vaga...
Varre o restinho do que encontrar pelo caminho e vai,
Deixando só uma marca de dor, solidão.
Tal como o fogo, ele pode ferir ou curar, transformar, ou destruir,
Depende de quem o mantém aceso.
Veja só o que fizemos... ele foi tão generoso conosco, mas nós fomos egoístas,
Nunca nos doamos por completo, estamos sendo castigados por isso.
Será que teremos um dia outra chance?”

Desligou o computador e foi dormir.

Na manhã seguinte acordou com batidas na porta,
Quando abriu viu apenas um buquê de lírios, suas flores preferidas,
Junto com um bilhete que dizia assim:
“ Essa noite o amor me visitou, disse que na verdade nunca saiu daqui,
Só precisamos encontrá-lo, juntos!. O que me diz?”
Logo abaixo tinha um telefone, que ela conhecia muito bem.

Ao terminar de ler seus olhos se encheram de lágrimas,
E sua boca testemunhou um sorriso que iluminou toda a casa.
Seus pés a levaram ao telefone...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

19.02.2010

Uma hora chega a hora de se dar conta que é tarde demais.

Tarde pra perceber que demais é tudo que a gente não consegue dar conta.

Tudo é tão vago.

Vago as vezes é tudo aquilo que eu sinto,

As vezes o que eu sinto é nada perto do quanto eu tenho pra falar.

Falar nunca basta porque as palavras não transmitem em exato o sentimento,

Pra transmitir, sentir é exatamente suficiente.

As coisas andam tão loucas por aqui,

Eu ando querendo numa loucura dessas fugir pra aí.

Mas pra que? Desse lado parece sempre estar mais confuso que do lado de cá.

Confusão é a gente quem faz, tentando a todo instante mudar o que foi colocado no lugar.

Você é daí, eu sou de lá.

Lá eu sou você, aqui?

Não sei bem quem sou.

Você? É sempre você.

Sua hora, seu momento, sentimentos, loucura, instante, lugar.

Será que são seus mesmo?

Olha só que ideia, tudo tão organizado e eu decidi bagunçar...

Tudo bem, já estou de saída.

Calma, eu sei que não posso sair da sua vida,

É preciso que alguém te diga sempre: ” Fica tranqüilo, é tudo teu, tá sob controle e você vai sim conseguir abraçar o mundo.”

Mesmo sabendo que não é bem assim.

Não, não estou mentindo. Apenas te dando o que você precisa pra acreditar que pode ir,

Confiar que apesar de tudo, pode sorrir.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Odeio me sentir assim. É, eu ODEIO!
Frágil, boba, insegura, sensível...
Vontade de chorar e ao mesmo tempo de explodir o mundo.
Queria entender o motivo das coisas,
Tantas brigas, desencontros.
É estratégia do destino pra saber se é pra sempre?
Prova de resistência?
Ou algum outro tipo de teste?
Que seja..
Não muda muito o que eu sinto,
E tá difícil.
É como ser jogado dentro de um labirinto, escuro.
Sem nenhuma pista ou sinal, eu tenho que chegar no final,
Mesmo sem saber o que eu vou encontrar lá.
Mas a vontade tem sido de me encostar nas paredes e esperar,
Esperar que as forças acabem de vez ou se renovem,
Que eu ache o caminho ou aprenda a viver perdida.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

100º

Tudo tá precisando recomeçar, só não sei por onde.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

(12:24)


Não sei o que tá acontecendo, eu devia tá feliz,
Afinal é o último dia de trabalho e depois minhas merecidas férias.
Mas eu nem to. Me sinto sozinha, nessa sala cheia de computadores,
Com esse ar frio e esse silêncio que chega a doer nos meus ouvidos.
Eu vou buscando companhias na internet, no telefone,
Incrível, quando eu PRECISO ninguém tá disponível pra mim.
Aí vem essa vontade de chorar, mas alguém pode chegar.
E a necessidade de um abraço, mas ninguém chega.
Vai ficando mais vazio, mais vazio, mais...
Pode ser que mude daqui a pouco (assim espero).
Sendo que agora, é isso.
E nada mais.
(12:29)